13 de nov. de 2012

A idolatria e seus males (continuação).

A NATUREZA REAL DA IDOLATRIA: Não se pode compreender a atração que exercia a idolatria sobre o povo, a menso que compreendamos sua verdadeira natureza.
(1) A Bíblia deixa claro que o ídolo em si, nada é (Jr 2:11; 16:20). O ídolo é meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos humanas, que nenhum poder tem em si mesmo. Samuel chama os ídolos de "vaidades" (121:21), e Paulo declara expressamente: "sabemos que o ídolo nada é no mundo" (1 Co 8:4; cf. 10:19-20). Por essa razão, os salmistas (Sl 115:4-8; 135:15-18) e os profetas (1Rs 18:27; Is 44:9-20; 46:1-7; Jr 10:3-5) frequentemente zombavam os ídolos.
(2) Por trás de toda idolatria, há demônios que são seres sobrenaturais controlados pelo diabo. Tanto Moisés quanto o salmista (Sl 106:36-37) associam os falsos deuses com demônios. Note, também, o que Paulo diz na sua primeira carta aos coríntios a respeito de comer carne sacrificada aos ídolos: "as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus" (1 Co 10:20). Noutras palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o dos demônios, os quais têm muito poder sobre o mundo e os que são deles. O cristão sabe com certeza que o poder de Jesus Cristo é maior do que o dos demônios. Satanás, como "o deus deste século" (2 Co 4:4), exerce vasto poder nesta presente era iníqua (ver Lc 13:16; Gl 1:14; Ef 6:12; Hb 2:14). Ele tem poder para produzir falsos milagres, sinais e maravilhas de mentira (2 Ts 2:9; Ap 13:2-8, 13; 16:13, 14; 19:20) e de proporcionar às pessoas benefícios físicos e materiais. Sem dúvida, esse poder contribui, às vezes, para a prosperidade dos ímpios (cf. Sl 10:2-6; 37:16-35; 49:6; 73:3-12). (3) A correlação entre a idolatria e os demônios vê-se mais claramente quando percebemos a estreita vinculação entre as práticas religiosas pagãs e o espiritismo, a magia negra, a leitura de sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a necromancia e coisas semelhantes (cf. 2 Rs 21:3-6; Is 8:19). Segundo as Escrituras, todas essas práticas ocultistas envolvem submissão e culto aos demônios. Quando, por exemplo, Saul pediu à feiticeira de Endor que fizesse subir Samuel dentre os mortos, o que ela viu ali foi um espírito subindo da terra, representando Samuel (28:8-14), ela viu um demônio subindo do inferno. (4) O NT declara que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3:5). A conexão é óbvia: pois os demônios são capazes de proporcionar benefícios materiais. Uma pessoa insatisfeita com aquilo que tem e que sempre cobiça mais, não hesitará em obedecer aos princípios e vontade desses seres sobrenaturais que conseguem para tais pessoas aquilo que desejam. Embora tais pessoas talvez não adorem ídolos de madeira e de pedra, entretanto adoram os demônios que estão por trás da cobiça e dos desejos maus; logo, tais pessoas são idólatras. Dessa maneira, a declaração de Jesus: "Não podeis servir a Deus e a Mamom [as riquezas]" (mT 6:24), é basicamente a mesma que a admoestação de Paulo: "Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios (1 Co 10:21).

Estudo retirado da Bíblia de Estudos Pentecostal, Donald C. Stamps.

*Continuação do estudo na próxima postagem.

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