6 de dez. de 2012

A inspiração e a autoridade das Escrituras.


2 Tm 3:16-17: "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra." 

O termo "Escritura" conforme se encontra em 2 Tm 3:16, refere-se principalmente aos escritos do AT. Há evidências, porém, de que escritos do NT já eram considerados Escritura divinamente inspirada por volta do período em que Paulo escreveu 2 Tm (1 Tm 5:18), cita Lc 10:7; 2 Pe 3:15-16). Para nós, hoje, a Escritura refere-se aos escritos divinamente inspirados tanto do AT quanto do NT, a Bíblia. São (os escritos) a mensagem original de Deus para a humanidade, e o único testemunho infalível da graça salvífica de Deus para todas as pessoas.
(1) Paulo afirma que toda a Escritura é inspirada por Deus. A palavra "inspirada" provém de duas palavras gregas: Theos, que significa "Deus", e pneuo, que significa "respirar". Sendo assim, "inspirado" significa "respirado por Deus". Toda a Escritura, portanto, é respirada por Deus; é a própria vida e Palavra de Deus. A Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos originais, não contém erro; sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível. Esta verdade permanece inabalável, não somente quando a Bíblia trata da salvação, dos valores éticos e da moral, como também está isenta de erro em tudo aquilo que ela trata, inclusive a história e o cosmos (cf. 2 Pe 1: 20-21; note também a atitude do salmista para com as Escrituras no Sl 119).
(2) Os escritores do AT estavam conscientes de que o que disseram ao povo e o que escreveram é a Palavra de Deus (ver Dt 18:18; 2 Sm 23:2). Repetidamente os profetas iniciavam suas mensagens com a expressão "Assim diz o Senhor".
(3) Jesus também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de Deus até em seus mínimos detalhes (Mt 5:18). Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai e é verdadeiro (Jo 15:26; 16:13; 1 Co 2:12-13; 1 Tim 4:1). Ele falou da revelação divina ainda futura (verdade revelada no restante do NT), da parte do Espírito Santo através dos apóstolos (Jo 16:13; cf. 14:16-17; 15:26-27).
(4) Negar a inspiração plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é desprezar o testemunho fundamental de Jesus Cristo (Mt 5:18; 15:3-6; Lc 16:17; 24:25-27, 44-45; Jo 10:35), do Espírito Santo (Jo 15:26; 16:13; 1 Co 2:12-13; 1 Tm 4:1) e dos apóstolos (3:16; 2 Pe 1:20-21). Além disso, limitar ou descartar a sua inerrância é depreciar sua autoridade divina.
(5) Na sua ação de inspirar os escritores pelo seu Espírito, Deus, sem violar a personalidade deles, agiu neles de tal maneira que escreveram sem erro (3:16; 2 Pe 1:20-21).
(6) A inspirada Palavra de Deus é a expressão da sabedoria e do caráter de Deus, e pode, portanto, transmitir sabedoria e vida espiritual através da fé em Cristo.
(7) As Sagradas Escrituras são o testemunho infalível e verdadeiro de Deus, na sua atividade salvífica a favor da humanidade, em Cristo Jesus. Por isso, as Escrituras são incomparáveis, eternamente completas e incomparavelmente obrigatórias. Nenhuma palavra de homens ou declaração de instituições religiosas iguala-m-se à autoridade delas.
(8) Qualquer doutrina, comentário, interpretação, explicação e tradição deve ser julgado e validado pelas palavras e mensagem das Sagradas Escrituras.
(9) As Sagradas Escrituras como a Palavra de Deus devem ser recebidas, criadas e obedecidas como a autoridade suprema em todas as coisas pertencentes à vida e à piedade. Na igreja, a Bíblia deve ser a autoridade final em todas as questões de ensino, de repreensão, de correção, de doutrina e de instrução na justiça (2 Tmn 3:16-17). Ninguém pode submeter-se ao senhorio de Cristo sem estar submisso a Deus e à sua Palavra como a autoridade máxima (Jo 8:31,32,37).
(10) Só podemos entender devidamente a Bíblia se estivermos em harmonia com o Espírito Santo. É Ele quem abre as nossas mentes para compreendermos o seu sentido, e quem dá testemunho em nosso interior da sua autoridade.
(11) Devemos nos firmar na inspirada Palavra de Deus para vencer o poder do pecado, de Satanás, e do do mundo em nossas vidas (Mt 4:4; Ef 6:12-17; Tg 1:21).
(12) Todos na igreja devem amar, estimar e proteger as Escrituras como um tesouro, tendo-as como a única verdade de Deus para um mundo perdido e moribundo. Devemos manter puras as suas doutrinas, observando fielmente os seus ensinos, proclamando a sua mensagem salvífica, confiando-as a homens fiéis, e defendendo-as contra todos que procuram destruir ou distorcer suas verdades eternas. Ninguém tem autoridade de acrescentar ou subtrair qualquer coisa da Escritura.
(13) Um fato final a ser observado aqui. A Bíblia é infalível na sua inspiração somente no texto original dos livros que lhe são inerentes. Logo, sempre que acharmos nas Escrituras alguma coisa que parece errada, ao invés de pressupor que o escritor daquele texto bíblico cometeu algum engano, devemos ter em mente três possibilidades no tocante a um tal suposto problema: (a) as cópias existentes do manuscrito bíblico original podem conter inexatidão; (b) as traduções atualmente existentes do texto bíblico grego ou hebraico podem conter falhas; ou (c) a nossa própria compreensão do texto bíblico pode ser incompleta ou incorreta.

*Bíblia de Estudos Pentecostal, Donald C. Stamps.

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